Rapidinha #16 – Aristóteles

Rapidinha #16 – Aristóteles

Conhecer Aristóteles é extremamente essencial para sua sua prova de Ciências Humanas no ENEM. É um dos conteúdos mais recorrentes no Exame e o Galileo preparou um texto para você gabaritar esse assunto no dia da prova! Vamos lá?

Aristóteles nasceu por volta de 384 a.C. na Macedônia, era filho de médico e foi para Atenas ainda jovem para estudar na Academia de Platão, quando este, já tinha seus sessenta e um anos. Após a morte de Platão Aristóteles fundou a sua própria escola, chamada: Liceu. Aristóteles se tornou o melhor aluno de Platão. Porém suas ideias discordavam das de Platão. Enquanto Platão via o mundo como uma cópia imperfeita das ideias, Aristóteles percebia que justamente, no mundo físico (mundo das coisas ou sensível) as mudanças que aqui ocorrem poderiam levar o homem a conhecer melhor o mundo em que vive.

“Aquele que chega a conhecer as coisas mais árduas e que apresenta grande dificuldade para o conhecimento humano, este é um filósofo. Além disso, aquele que conhece com maior exatidão as causas e é mais capaz de ensiná-las é, em todas as espécies de ciências, um filósofo.”

A questão que Aristóteles levanta, em resumo, é: se Platão propõe a existência de dois mundos e, após isso, explicita que, por meio da dialética, é possível passar do mundo sensível para o mundo inteligível, ele admite que os dois mundos possuem relações internas, isto é, possuem características em comum. Se isso for verdadeiro, os dois mundos têm intersecções, e, nesse caso, não se trata de dois mundos – e a teoria platônica cai por terra. De outra forma, se não existirem relações entre os dois mundos, torna-se impossível passar de um para o outro, e a teoria platônica também não se sustentaria.

Para resolver esse problema, Aristóteles cria um novo ponto de partida. Os indivíduos possuem duas substâncias indissociáveis:

– A matéria (hyle) é a marca da particularidade.
 A forma (eidos) é o princípio que determina a matéria e lhe proporciona uma essência, uma universalidade.

Assim, todos os indivíduos de uma mesma espécie teriam a mesma forma, mas difeririam do ponto de vista da matéria, já que se trata de indivíduos diferentes. As formas são imutáveis e perfeitas, como as ideias platônicas, mas não residem em outro mundo. Não existem formas ou ideias puras, como queria Platão – o intelecto humano, por meio da abstração, separa a matéria da forma. A

última etapa do conhecimento, a mais elevada para Aristóteles, é a episteme, quer dizer, a ciência ou o conhecimento: trata-se do conhecimento do real em seu sentido mais abstrato e genérico, quer dizer, as leis da natureza ou do cosmo. É um saber gratuito, uma finalidade em si mesma, que satisfaz uma curiosidade natural no homem, o desejo de conhecer, sem objetivos práticos imediatos.

Em Aristóteles, a ética presume-se como o estudo da virtude (areté), de maneira que “nosso objetivo é nos tornarmos homens bons, ou alcançar o grau mais elevado do bem-humano. Esse bem é a felicidade; e a felicidade consiste na atividade da alma de acordo com a virtude”. Todavia, as virtudes éticas não são mera atividade racional, como as virtudes intelectuais, mas implicam, por natureza, um elemento sentimental, afetivo, passional, que deve ser governado pela razão, e não pode, todavia, ser completamente resolvido na razão.

Em sua obra Política, encontra-se sua famosa definição segundo a qual “o homem é um animal político”, isto é, um ser que, por ter o discurso racional (logos), se realiza na comunidade e não pode ser compreendido fora de suas relações com seus semelhantes. Em Ética a Nicômaco, Aristóteles escreve que “uma andorinha não faz verão”.  Como as andorinhas, na época do calor, andam juntas, o filósofo diz isso para lembrar que o indivíduo não deve ser entendido (e julgado) isoladamente.

 

 

 

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